segunda-feira, 9 de maio de 2011

A vida é um jogo de xadrez



Histórias, contos de fadas narram o príncipe como herói. Lá está ele, lutando e salvando a princesa! Ora, poucos percebem que ela é a grande heroína. Ela o salva do marasmo, faz seu coraçao bater atropelado, dá razões para seu heroísmo! É como no jogo de xadrez. O rei é a peça fundamental, quem mata o rei, ganha o jogo! Mas, e a rainha? Ela é poderosa, é livre no tabuleiro, é a grande guerreira que precisa salvar o rei. Porque é sempre assim... são elas que salvam os famosos heróis.

E se elas falham? Então, os corações sangram! Se elas falham, a história heróica não ocorre: não há príncipe, não há dragões a serem derrotados, não há salvamentos! Se a rainha não consegue salvar o rei, ele morre, isto é, ou o amor não floresce, ou o amor acaba, restando corações partidos, planos perdidos...

Daí, ela parte para outra. Ela busca ser a rainha de (e a princesa a ser resgatada por) um novo herói, busca um novo reino, uma nova luta, novo salvamento. E começa outro jogo de xadrez na esperança de que o próximo xeque-mate seja dado por ela e seu rei.

Ces't la vie!

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Passando pelo mundo


Outro dia, eu estava pensando em como algumas pessoas, muitas vezes desconhecidas, marcam nossa vida.

Quando terminei a prova de segunda fase do vestibular aqui no Rio, peguei um táxi para ir até o apartamento em que me hospedei. O taxista era um senhor, muito simpático, com jeito de vô, que me deu bronca quando eu disse que não conhecia o Rio. "Nunca diga isso para um taxista! Irão te enrolar. Você quer ir para copa pelo caminho rápido ou bonito?" Eu respondi que preferia o caminho rápido, afinal já conhecia a lagoa, o caminho bonito... mais tarde, eu saberia que na zona sul, tudo é bonito! Enfim, esse senhor me perguntou o que eu fazia no Rio, e eu respondi. "E aí, passou?" "Não sei, acabei de fazer" E então, ele disse a melhor frase, aquela que ficou cravada na memória: "Passou sim, eu sou pé quente! Ainda te encontrarei por aqui daqui uns anos, e você dirá que acertei!"

Ele foi a primeira pessoa de quem lembrei quando saiu o resultado do vestibular. Eu havia passado! Nunca mais o encontrei por aqui, mas nunca o esqueci...
Assim, como também não me esqueci da primeira paciente que me deu um presente (um pacote de bolachas!),nem do garçom da pizzaria que tentava provar por A+B que eu era a cara da Catherine Zeta-Jones (miopia é fogo!), nem do velhinho flamenguista da pracinha, que chorava de felicidade porque o Flamengo havia conquistado a Taça Guanabara e dizia: "Filha, esse time só me dá felicidade, só felicidade!"

São coisas pequenas, mas vão ficando na memória, sabe-se lá porquê. Talvez, a razão seja para nos lembrarmos, de quando em vez, que a vida é isso, feita de momentos. Nem sempre são grandes momentos, mas são suficientes para se lembrar de que se está vivo. Existe algo melhor do que viver? Sentir alegria, tristeza, dor, euforia... Sabe o que é isso? Nossa passagem pelo mundo. Você deixa sua marca e é marcado também!